sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dois dos militares brasileiros mortos no Haiti são enterrados em São Vicente.

Enterros de Ari Dirceu Júnior e Kleber Santos mobilizaram cidade.
Militares fizeram homenagens às vítimas do terremoto.

Os dois militares do 2º Batalhão de Infantaria Leve do Exército, mortos no dia 12 de janeiro no terremoto do Haiti, foram sepultados na tarde desta sexta-feira (22) em São Vicente, a 65 km da capital paulista. Militares de batalhão, familiares e amigos choraram muito durante a cerimônia fúnebre do cabo Ari Dirceu Fernandes Júnior e do soldado Kléber da Silva Santos. Antes do sepultamento, houve salvas de tiros e marcha fúnebre.
Para o tenente-coronel, os dois mortos em missão de paz são “exemplos”. “Eles são exemplos que dão estímulo para os que permanecem cumprindo a missão”, diz o comandante. Os dois foram promovidos para o posto de 3º sargento. “Todo o militar que falece em serviço é promovido. É uma forma de tentar minimizar a dor da família.”

O coronel Júlio César Costa e Silva, da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Guarujá disse que os dois são “heróis”. “Só tenho a dizer que esses homens são heróis, mas o Exército é assim, temos que estar preparados para isso. Todos nós, quando vamos a uma operação, sabemos do risco que corremos”, afirmou. Ele afirmou que as famílias estão recebendo assistência tanto do governo federal quanto dos quartéis.

Tristeza das famílias

Os irmãos e a noiva do cabo Ari Dirceu Fernandes Júnior afirmaram que a vítima foi um herói. Os três conversaram com a imprensa depois do sepultamento do militar. “Ele fez o serviço dele, é um herói para nossa família, para São Vicente e para o país”, afirmou Gustavo Fernandes, de 21 anos, um dos irmãos do cabo.
Três dos irmãos de Ari vieram de Barcelona, na Espanha, onde moram, para a despedida do militar. “Ele era tudo com tão pouca idade. Um exemplo de um herói. Meu irmão era amigo, companheiro, responsável”, disse Daniel Fernandes, de 28 anos, outro irmão da vítima.
A noiva do militar, a estagiária Vanessa Aubin, de 22 anos, contou a última conversa que teve com o cabo, no dia 11 de janeiro, um dia antes do terremoto que causou sua morte. “Ele estava um pouco doente porque o dente siso começou a crescer. A gente conversou um pouco e ele disse que queria descansar, depois falou que me amava”, afirmou. Segundo a noiva, os dois contavam os dias para o retorno do militar desde que ele foi enviado para a missão no Haiti.

Namorados havia 3 anos, ela conta que os dois pensavam em morar juntos em breve e que esperavam o retorno para conversarem sobre o assunto. “Ele amava muito a vida, era muito feliz no que fazia, amava o Brasil. Ele vivia cada segundo com muita intensidade, viajou muito, curtiu muito a vida dele”. O cabo tinha uma filha de três anos de um relacionamento com outra mulher.

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